Sobre o
Projeto Albatroz

Objetivo do encontro foi envolver as comunidades pesqueiras da região nas atividades do Centro Albatroz, que está em fase de construção

O litoral do estado do Rio de Janeiro conta com inúmeras comunidades de pesca semi-artesanal, com foco em espécies como atum, dourado, pargo, cavala, entre outros. Além de gerar renda para as centenas de famílias e aquecer  a economia na região, os pescadores também têm um papel importante na conservação marinha e na propagação da cultura oceânica. O Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, realizou recentemente uma Roda de Conversa virtual com representantes das colônias de pesca, com o objetivo de apresentar a instituição e as possibilidades de interação com as atividades e eventos promovidos pelo Centro Albatroz em Cabo Frio (RJ).

Na Roda de Conversa virtual, em razão das medidas de distanciamento social, compareceram lideranças das colônias pesqueiras de Arraial do Cabo, Cabo Frio, Macaé e Rio São João, além dos membros da equipe técnica e de educação ambiental do Projeto Albatroz.  

Foram apresentados no encontro o trabalho realizado pelo Projeto Albatroz, a história da instituição e também um esboço das atividades que serão ofertadas no Centro Albatroz, que está em fase inicial de construção, e que poderão envolver os pescadores e suas famílias. Entre elas, cursos e oficinas para jovens, mulheres e crianças; programas culturais como exposições e shows; trilhas e locais de contemplação da natureza; além de espaços para educação e entretenimento.

A gerente de educação ambiental do Projeto Albatroz, Cynthia Ranieri, destacou a importância desta conversa para o futuro centro de visitação: “Eles foram bastante receptivos, declararam que as colônias estão de portas abertas para nos receber, trocar experiências, para aprender com a gente e também para nos ensinar. Essa é a nossa melhor perspectiva!”

Para a fundadora e diretora geral da instituição, Tatiana Neves, a troca com as colônias da região é valiosa para entender os anseios dos pescadores e suas famílias, além das possibilidades de integração. “A conversa foi altamente produtiva e acolhedora. Os pescadores já são nossos parceiros na conservação de albatrozes e petréis no Brasil. Com essa aproximação das comunidades, poderemos construir atividades que envolvam ainda mais os pescadores e suas famílias no Centro Albatroz”.

Chegada do Centro Albatroz

O primeiro centro de visitação do Projeto Albatroz está sendo construído em uma área útil de mais de 18 mil m² ao lado da Lagoa de Araruama, em Cabo Frio (RJ). O Centro terá como objetivo principal disseminar a cultura oceânica e também a desenvolver a educação ambiental marinha para crianças, jovens, educadores, pescadores e turistas de toda a Região dos Lagos, alinhado com a Década do Oceano, que teve início neste ano de 2021.

Nele, os visitantes poderão vivenciar experiências relacionadas ao ecossistema marinho e costeiro e também a biologia e as características dos albatrozes e petréis, grupo de aves mais ameaçadas do planeta. No espaço, também serão realizadas exposições tecnológicas e artísticas, oficinas e atividades socioambientais e culturais para o público.

Projeto Albatroz em Cabo Frio (RJ)

O Projeto Albatroz nasceu em Santos (SP) e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. Desde 2014, o Projeto mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio (RJ). Por meio da parceria com o Grupo de Estudos da Pesca (GEPESCA), coordenado pelo Prof. Eduardo Pimenta, foi possível ampliar os estudos do Projeto para o Porto de Cabo Frio, rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados. 

Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Cabo Frio (RJ).